Contra pacotaço de Sartori, entidades do funcionalismo prometem mobilização

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori que anunciou, na tarde desta segunda-feira (21), pacote com 40 medidas para reduzir o custo da máquina pública no Rio Grande do Sul, irá enfrentar uma forte oposição à iniciativa. As medidas, se aprovadas pela Assembleia Legislativa, impactarão em economia de R$ 2,6 bilhões ao ano aos cofres do Estado. A previsão é que o impacto do pacote se estenda até 2020. Como o principal problema a ser atacado pela proposta do Executivo é o tamanho da folha de pagamento, servidores estão preocupados e reagiram imediatamente por meio de suas entidades de classe. A Ugeirm/Sindicato e a Abamf - que representam servidores da Polícia Civil e Brigada Militar -, vão protestar em frente à Assembleia Legislativa nesta terça-feira (22), 14 horas.

Na ocasião da manifestação, o pacote do governo do Estado será encaminhado aos deputados estaduais em regime de urgência, ou seja, para votação em até 30 dias.

Em seu site, a Ugeirm classificou a medida como um "confisco" do décimo terceiro salário e um "ataque ao direito dos policiais". "A UGEIRM está convocando todos os policiais para a frente do Palácio Piratini, nesta terça-feira (22), a partir das 13 horas. Vamos tomar a Praça da Matriz e mostrar para o governo do estado que não vamos aceitar calados a retirada dos nossos direitos", publicou a entidade.

Já a Abamf ameaça a população ao abordar as medidas do governo Sartori, pela possibilidade de "falta de atendimento nos serviços", informaram. "O ataque aos brigadianos, com o aumento no tempo de serviço, através de supressão de direitos, é inaceitável", classificaram.

O Cpers/Sindicato - que representa os professores -, já adiantou que irá paralisar no dia 8 de dezembro na Assembleia Legislativa. "Pacote do Sartori não deixa alternativa", resumiu a entidade em nota.

A Federação dos Servidores Públicos do RS (Fessergs), informou que convocou reunião extraordinária para esta terça-feira, 10h30, para definir sua linha de atuação, "visando barrar estas medidas que em primeira análise só retiram direitos e penalizam equivocadamente a sociedade como um todo", comentaram.

A justificativa com as propostas, afirma o governo, é centralizar e qualificar investimentos em áreas essenciais como segurança, saúde, educação e infraestrutura.

Fonte: http://www.diariodecanoas.com.br/_conteudo/2016/11/noticias/rio_grande_do_sul/2032068-contra-pacotaco-de-sartori-entidades-do-funcionalismo-prometem-mobilizacao.html