Em Portugal, já havia padres com licença para perdoar o pecado do aborto
O Papa decidiu estender a todos os sacerdotes o poder de absolverem uma mulher que tenha praticado aborto Joaquim Carreira das Neves, sac...
https://brtrend.blogspot.com/2016/11/em-portugal-ja-havia-padres-com-licenca.html
O Papa decidiu estender a todos os sacerdotes o poder de absolverem uma mulher que tenha praticado aborto

Joaquim Carreira das Neves, sacerdote português, acredita que para uma mulher crente "o aborto é um pecado de circunstância", que acontece por "desespero". "As pessoas sofrem horrores com medo de confessar que fizeram um aborto", diz ao DN. Enquanto franciscano, o teólogo tem uma licença especial que lhe permite absolver o aborto a uma mulher que procure o perdão. "Em alguns casos, só conseguem fazê-lo ao fim de 30 ou 40 anos." Ontem, na carta apostólica Misericordia et Misera, o Papa Francisco autorizou todos os padres a absolver as mulheres que tenham abortado e que procurem o perdão, mantendo a autorização que tinha dado para o Ano Jubilar da Misericórdia, que terminou no domingo. Os sacerdotes portugueses ouvidos pelo DN mostraram-se satisfeitos com a decisão do Papa.
Todos os sacerdotes passam agora a poder absolver as pessoas que praticaram o aborto e que se arrependeram, sem necessidade de passar pelo bispo ou pelo Papa. Em Portugal, há sacerdotes com licenças especiais que lhes permitem perdoar o pecado do aborto. "As reservas que existiam eram fruto de tradições. Nós, franciscanos, já tínhamos uma licença especial para absolver. E havia outras pessoas para quem estava desbloqueado", adianta o padre e teólogo Carreira das Neves.
Nesta carta apostólica, prossegue o sacerdote, Francisco "acaba com as barreiras que existiam". Há muitos anos que o padre Feytor Pinto também tem "licença especial" para absolver penitentes nestes casos. "O Papa acha importante que todos os sacerdotes possam absolver. É uma expressão muito bonita e uma extensão do Ano Jubilar da Misericórdia", explica ao DN.
A Igreja recebe quem errou
Dois dias antes da publicação da carta apostólica, o Papa Francisco condenou o aborto como "um crime horrendo", como resposta aos cardeais conservadores que o acusaram de lançar a confusão em relação a importantes questões morais sobre a família. "O aborto é uma pena de morte para não nascidos. É uma espécie de condenação de inocentes à morte. E nós somos contra a pena de morte. É por isso que o Papa diz que é um crime horrendo." Enquanto eticista, o padre Feytor Pinto admite que o "choca que os direitos humanos sejam contrariados". A própria Constituição portuguesa, prossegue, diz que "a vida humana é inviolável". No entanto, sublinha, "quando a pessoa reconhece que errou, a Igreja está de coração aberto para a receber". Até porque, argumenta, "muitas vezes a mulher é vítima, não teve apoio de ninguém. É indiscutível o seu perdão".
Joaquim Carreira das Neves, sacerdote português, acredita que para uma mulher crente "o aborto é um pecado de circunstância", que acontece por "desespero". "As pessoas sofrem horrores com medo de confessar que fizeram um aborto", diz ao DN. Enquanto franciscano, o teólogo tem uma licença especial que lhe permite absolver o aborto a uma mulher que procure o perdão. "Em alguns casos, só conseguem fazê-lo ao fim de 30 ou 40 anos." Ontem, na carta apostólica Misericordia et Misera, o Papa Francisco autorizou todos os padres a absolver as mulheres que tenham abortado e que procurem o perdão, mantendo a autorização que tinha dado para o Ano Jubilar da Misericórdia, que terminou no domingo. Os sacerdotes portugueses ouvidos pelo DN mostraram-se satisfeitos com a decisão do Papa.
Todos os sacerdotes passam agora a poder absolver as pessoas que praticaram o aborto e que se arrependeram, sem necessidade de passar pelo bispo ou pelo Papa. Em Portugal, há sacerdotes com licenças especiais que lhes permitem perdoar o pecado do aborto. "As reservas que existiam eram fruto de tradições. Nós, franciscanos, já tínhamos uma licença especial para absolver. E havia outras pessoas para quem estava desbloqueado", adianta o padre e teólogo Carreira das Neves.
Nesta carta apostólica, prossegue o sacerdote, Francisco "acaba com as barreiras que existiam". Há muitos anos que o padre Feytor Pinto também tem "licença especial" para absolver penitentes nestes casos. "O Papa acha importante que todos os sacerdotes possam absolver. É uma expressão muito bonita e uma extensão do Ano Jubilar da Misericórdia", explica ao DN.
A Igreja recebe quem errou
Dois dias antes da publicação da carta apostólica, o Papa Francisco condenou o aborto como "um crime horrendo", como resposta aos cardeais conservadores que o acusaram de lançar a confusão em relação a importantes questões morais sobre a família. "O aborto é uma pena de morte para não nascidos. É uma espécie de condenação de inocentes à morte. E nós somos contra a pena de morte. É por isso que o Papa diz que é um crime horrendo." Enquanto eticista, o padre Feytor Pinto admite que o "choca que os direitos humanos sejam contrariados". A própria Constituição portuguesa, prossegue, diz que "a vida humana é inviolável". No entanto, sublinha, "quando a pessoa reconhece que errou, a Igreja está de coração aberto para a receber". Até porque, argumenta, "muitas vezes a mulher é vítima, não teve apoio de ninguém. É indiscutível o seu perdão".
Fonte: http://www.dn.pt/sociedade/interior/em-portugal-ja-havia-padres-com-licenca-para-perdoar-o-pecado-do-aborto-5511156.html