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Enel arremata Celg D por R$ 2,2 bi na 1ª privatização do governo Temer

SÃO PAULO - Depois de uma tentativa fracassada de privatização em agosto passado, a Celg D, distribuidora de energia de Goiás, foi arremat...

SÃO PAULO - Depois de uma tentativa fracassada de privatização em agosto passado, a Celg D, distribuidora de energia de Goiás, foi arrematada pela Enel Brasil S.A. por R$ 2,187 bilhões, ágio de 28,3% em relação ao valor mínimo de R$ 1,708 bilhão estabelecido pelo edital. O leilão aconteceu nesta quarta-feira, na BM&FBovespa, em São Paulo, e foi a primeira privatização do governo do presidente Michel Temer. O lance da Enel foi único.

Foi ofertado um lote único de 142.933.812 ações ordinárias, das quais 69.085.140 pertencentes a Eletrobrás e 73.848.672 da CELGPar.

Na primeira tentativa de privatização da Celg não houve interessados e o leilão acabou sendo cancelado. As empresas que haviam olhado o edital consideraram o valor mínimo estipulado muito alto. Houve, então, uma reformulação da oferta para tornar o empreendimento mais atrativo e o preço mínimo foi reduzido de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,792 bilhão, um desconto de 35,7%. O novo preço foi o resultado da avaliação do valor de mercado da companhia em R$ 4,448 bilhões, menos a dívida de R$ 2,656 bilhões.

A venda da Celg é emblemática já que o governo pretende privatizar outras seis distribuidoras estaduais que hoje estão sob controle da Eletrobras e serão oferecidas ao mercado em 2017. A Eletrobras possuía 50,93% da Celg, enquanto o governo de Goiás detinha 49%.

O vencedor do leilão terá de cumprir as metas de desempenho operacional nos próximos cinco anos, com objetivo de melhorar o serviço prestado à população. A empresa atende a 237 municípios do estado de Goiás e tem 2,61 milhões de unidades consumidoras.

O presidente da Enel Brasil, Carlo Zorzoli, disse que com a aquisição da Celg a empresa passa a ter 9,7% do mercado de distribuição de energia do país. Segundo ele, será um salto de três milhões para quase 10 milhões de consumidores. No Rio, a Enel atua através da Ampla.

— Ofertamos o valor que achamos justo para a oportunidade — afirmou Zorzoli quando perguntado sobre o ágio de 28% sobre o valor mínimo, considerado elevado.

Zorzoli não revelou como será feito o financiamento do valor oferecido, já que a Enel é controlada por companhias de capital aberto e isso será feito na divulgação dos balanços.

Ele disse que os investimentos da empresa no Brasil nao acabam com a compra da Celg.
Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/petroleo-e-energia/enel-arremata-celg-por-22-bi-na-1-privatizacao-do-governo-temer-20565025
Politica 2434276050793256882

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