San Siro: sinônimo de Derby della Madonnina
O que melhor define o Derby della Madonnina, mais do que a própria estátua na catedral que dá nome ao confronto centenário da dupla de Milã...
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O que melhor define o Derby della Madonnina, mais do que a própria estátua na catedral que dá nome ao confronto centenário da dupla de Milão? Quando Inter e Milan entram em campo, o que se destaca? San Siro, é claro. Formalmente Giuseppe Meazza, em memória ao histórico meia-atacante que jogou por ambos, a casa de nerazzurri e rossoneri é o que melhor simboliza uma rivalidade que perdeu relevância nos últimos anos, se mantém com o saudosismo e quer se reerguer.
Certamente já não é mais, mas um dia San Siro foi referência em estádio de futebol, por isso o apelido ainda usado: La Scala del Calcio. Se explica pela história do que já foi jogado e como foi construído e reformado: finais de Liga dos Campeões, jogos de Copa do Mundo e arquitetura e fundação particulares. Afinal, San Siro é um estádio dentro de dois estádios. Construído em 1926 com duas arquibancadas de cada lado, foi ampliado várias vezes até ser todo finalizado e ter dois andares. Para o Mundial de 90, ganhou outro andar e a estrutura externa que hoje identifica o maior estádio da Itália, mas sem abrir mão do esqueleto original.
Assim como Inter e Milan, respectivamente o único italiano a conquistar o triplete europeu e o maior campeão internacional da Itália. Mas, hoje, ambos estão em crise institucional e financeira, buscando dias melhores com o investimento exterior, já que o mercado interno não colabora e os donos fanáticos foram os próprios a colocarem os clubes na beira do precipício após atingirem o ápice. Depois da Inter com a Suning, é a vez do Milan, graças à China, onde protagonizaram a única Supercopa italiana entre os vizinhos, no estádio nacional de Pequim. No futebol, a mesma situação, longe das competições continentais e sem vencerem título de relevância há cinco anos - em 2011, o Milan ganhou o campeonato e a Inter levou a copa, uma temporada antes do ressurgimento da Juventus.
Se a expectativa é de casa cheia neste domingo, de olho nos recordes de Inter-Juventus e Milan-Juventus nesta temporada em arrecadação com bilhetes, demais comércios e presença estrangeira, San Siro é motivo de debate para um dos aspectos que define as situações dos clubes: não têm estádio próprio e sofrem com isso, deixando de aproveitar um potencial enorme em meio a diminuição das suas receitas. Para falar mais do estádio, abaixo transcrevo parcialmente alguns trechos da espetacular matéria de Daniele Mazzantipara o L’Ultimo Uomo.
“A questão do estádio de propriedade do clube é particularmente urgente nos últimos anos, mas a situação dos milaneses é bastante complexa, já que parte de uma grande contradição: de um lado, os dois clubes precisam de um estádio próprio, principalmente para poder voltar a competir nos maiores níveis, e por outro, renunciar ao San Siro seria contraproducente, porque o estádio faz parte da marca e identidade e contribui ao valor de mercado de ambos.
Atualmente, San Siro é gerido por uma empresa dividida em partes iguais por Milan e Inter, a M-I Stadio, que tem um contrato de consórcio até 2030 com a prefeitura de Milão, em que cada um dos clubes se compromete a pagar 4,5 milhões de euros por ano, dinheiro esse dividido entre os cofres da cidade e a manutenção do estádio, tendo em troca a concessão exclusiva do estádio”.
Fonte: http://espnfc.espn.uol.com.br/internazionale/la-beneamata/11796-san-siro-sinonimo-de-derby-della-madonnina