Empresas Juniores da UFTM têm resultados positivos nas parcerias com empreendedores de Uberaba e região
Estudantes têm aplicado teoria da sala de aula com a prática de consultoria às micro e pequenas empresas. Projeto Juniores da Engenharia de...
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Estudantes têm aplicado teoria da sala de aula com a prática de consultoria às micro e pequenas empresas. Projeto Juniores da Engenharia de Produção, por exemplo, faz consultoria na área de gestão empresarial e já fechou mais uma parceria com escola de inglês. Em 2017, Projep ganhou Prêmio Centri como uma das melhores EJs Wellington Stanzani/Arquivo Pessoal Estimulando o empreendedorismo no meio educacional, o Núcleo de Empresas Juniores (Centri) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, já vê os resultados do projeto que tem ajudado micro e pequenas empresas da cidade. Atuando desde 2015 com a criação de Empresas Juniores (EJs), o Centri estimula os alunos a colocarem em prática as teorias aprendidas nas salas de aula, o que tem facilitado à introdução no mercado de trabalho. De 2016 para 2017 o Centri da UFTM registrou um aumento na criação de Ejs: saltou de 10 para 18. Após o programa de criação, a empresa passa pelo programa de filiação ao Centri, por meio do qual entram direta e oficialmente para a rede brasileira. Até o momento, nove delas estão filiadas. Uma das empresas criadas no Centri é o Projeto Juniores em Engenharia de Produção (Projep), que, entre os serviços, faz consultoria na área de gestão empresarial. A ideia de criar a EJ no curso, segundo o presidente do Projep, Wellington Stanzani, nasceu da necessidade de juntar o conhecimento teórico à prática no mercado de trabalho, antes mesmo da conclusão do curso. Atualmente, a EJ da Engenharia da Produção da UFTM tem 35 alunos e o projeto é dividido em setores, como em uma empresa tradicional: presidência, vice-presidência, projetos, gestão de pessoas, marketing e administrativo. “Em 2017, nós trabalhamos com 12 entidades da região. O legal é que a gente ajuda pessoas físicas, que querem abrir uma empresa, um negócio e não sabem como começar; até grandes empresas que vão lançar algum produto ou serviço no mercado, que procuram a melhor forma de vender”, contou Stanzani. Stanzani afirma que o "ganho a ganho" desse trabalho é importante para o desenvolvimento dos universitários, já que participar de uma EJ facilita a entrada no mercado de trabalho. “Isso é importante porque, quando sairmos da faculdade, ou até mesmo para o estágio no último ano, a gente já tem na bagagem, experiência e confiança. O mercado tem recebido muito bem. Tem empresas do mercado que tem processo seletivo só para EJ. As empresas acreditam no potencial das empresas juniores de criarem bons funcionários”, acrescentou. Contato e parceria A interação entre as EJs e as empresas do mercado atual são feitas de duas formas: ou as EJs entram em contato direto com os empreendedores ou os empreendedores vão até as EJs por indicação. No segundo semestre de 2017, os representantes do Projep foram até a escola de inglês do empresário Júlio Dário Filho, onde ofereceram a ele uma proposta de pesquisa de mercado. Em duas reuniões, foram alinhadas as questões e os objetivos da pesquisa, e fechada a consultoria da escola pelo Projep. Foi feita uma pesquisa com o intuito de prospecção de clientes. “Eu achei a iniciativa fantástica. A empresa dos meninos me carregou como se fosse uma empresa de mercado mesmo, com custo-benefício muito bom. Como a empresa deles é sem fins lucrativos, a gente consegue um valor abaixo de mercado, mas com uma qualidade de empresa de mercado que, no meu caso, nenhuma havia entregado. Superaram as minhas expectativas, porque eles me entregaram um produto que o mercado tradicional não tinha, por um preço muito acessível”, ressaltou Júlio. Júlio e os alunos integrantes do Projep vão continuar a parceria. “Teve muito resultados para a empresa, e por isso, já estamos com o segundo acordo pra consultoria. Hoje, a escola se tornou referência no Brasil e muito disso foi pelo apoio que os meninos deram nessa questão de inteligência de mercado”, ressaltou o empresário. Para Stanzani, este tipo de trabalho também gera reflexos positivos para a universidade e para o projeto em si. O ganho a ganho vai da abertura que as empresas dão aos universitários, quando os universitários geram um serviço em conta e de qualidade. “É legal de ver que muitas não poderiam contratar uma consultoria, às vezes pelo preço. E a gente tenta oferecer uma consultoria de qualidade por um preço que o mercado consegue pagar. A gente ajuda esses empresários a venderem um pouco melhor, o produto pelo preço certo, melhorar o processo de venda. Isso faz com que eles tenham um resultado melhor, e a gente impactando o mercado”, disse Stanzani. Dos alunos da UFTM, 310 são empresários juniores Edmundo Gomide/UFTM Criação do Centri De acordo com Larissa Reis, presidente do Centri-UFTM, o projeto foi criado em 2015, depois que os fundadores participaram de um Encontro Nacional de Empresas Júniores (ENEJ). Com a experiência no evento, os estudantes resolveram levar para Uberaba os conceitos utilizados em outros lugares. Atualmente na UFTM há mais de 310 empresários juniores de quase 20 cursos: Agronomia (Iturama) Biomedicina Enfermagem Engenharia Ambiental Engenharia Civil Engenharia de Alimentos Engenharia de Produção Engenharia Elétrica Engenharia Mecânica Engenharia Química Fisioterapia Geografia Letras/Espanhol Letras/Inglês Nutrição Psicologia Química Terapia Ocupacional "Qualquer aluno de graduação de instituições de ensino superior pode participar do Movimento Empresa Júnior a partir de editais de processos seletivos abertos periodicamente, caso já tenha uma empresa júnior que abrange seu curso", explicou Larissa. Para Larissa, no Brasil, é cada vez maior o número estudantes que estão vivenciando a prática de projetos e consultoria dentro de instituições, impactando a educação a partir da formação de empreendedores comprometidos e capazes de transformar o país. "E toda a rede brasileira segue valores em comum que mostram muito sobre o futuro desse projeto como: compromisso com resultados, sinergia, orgulho de ser do Movimento Empresa Júnior (MEJ), transparência e postura empreendedora. Dizemos muito, também, que se cada um puder transformar um pouco sua cidade ou região, no futuro o MEJ poderá realmente impactar todo o Brasil", finalizou.
Fonte G1 > Brasil
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