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Duelos de IDH 'muito alto', torre de Babel e confrontos Mercosul x UE: veja curiosidades dos países das oitavas da Copa

Segunda fase da competição tem predomínio europeu e latino-americano. Só o Japão foge à regra. Casal pinta rostos com as cores de Espanha e...


Segunda fase da competição tem predomínio europeu e latino-americano. Só o Japão foge à regra. Casal pinta rostos com as cores de Espanha e Portugal durante a Copa do Mundo Reuters/Murad Sezer Faltam apenas 16 jogos para a Copa do Mundo de 2018 terminar. O crivo da fase de grupos eliminou seleções tradicionais, como a Alemanha, mas corrobora o predomínio europeu no futebol: são 10 países da Europa. Nas duas últimas edições, só seis times do Velho Continente passaram para as oitavas. Com a definição do chaveamento, o G1 traçou um panorama dos 16 países classificados, mas sem levar em conta especificamente o futebol. Veja abaixo dados e curiosidades sobre o que os duelos finais da Copa têm a dizer sobre o mundo: 16 de junho - Torcedores comemoram a vitória da Dinamarca contra o Peru em Saransk, na Rússia, pela Copa do Mundo 2018 Max Rossi/Reuters Europa x América Pela primeira vez desde a estreia da fase de oitavas de final na Copa do Mundo, em 1986, nenhuma seleção africana conseguiu a classificação. O Mundial da Rússia está marcado pelo predomínio de europeus e latino-americanos. Somente o Japão não faz parte do eixo Europa-América Latina. O desenho das chaves garantiu também dois lados geograficamente distintos. Em uma parte, países onde predominam idiomas latinos se juntam ao Japão por uma das vagas na final: França, Portugal, Bélgica (o francês é uma das línguas oficiais), Argentina, Brasil, Uruguai e México. Initial plugin text Emoção estampada nos rostos de torcedores durante jogos da 1ª fase da Copa do Mundo 2018 AFP Do outro, predomínio europeu. Só a Colômbia foge à regra: Espanha, Croácia, Dinamarca, Suécia, Suíça e Inglaterra. O salário médio em Zurique, na Suíça, é de US$ 60 mil (R$ 196,3 mil) por ano, o segundo maior da Europa Jonny_Joka/Creative Commons Se IDH valesse o título… ... a Suíça venceria a Copa do Mundo e só passaria um pouco de aperto ao enfrentar a Suécia agora pelas oitavas e a Dinamarca, depois, pelas semifinais. O Índice de Desenvolvimento Humano reúne dados sobre renda, saúde e educação e, por isso, é o favorito dos que tentam relativizar resultados de futebol. Virou até meme no Twitter. Initial plugin text Assim, o duelo Suíça x Suécia será o confronto de dois dos três IDH mais altos desta fase, segundo a classificação da Organização das Nações Unidas (ONU). Haverá, ainda, outros quatro jogos só com países cujos índices a ONU considera "muito alto": Bélgica x Japão Espanha x Rússia Croácia x Dinamarca França x Argentina As outras seleções classificadas - Uruguai, México, Brasil e Colômbia - têm índice desenvolvimento humano considerado “alto”. Nenhum país com o índice “médio” ou “baixo” passou de fase — o que jamais havia ocorrido na história das oitavas de final, desde 1986. Ringue montado em favela da Cidade do México. A caravana faz shows gratuitos para as áreas pobres, orfanatos e presídios para pessoas que não podem pagar uma entrada de 300 pesos (22 dólares) em um show profissional Alexandre Meneghini/AP Portanto, Brasil x México (segunda-feira, 2/7, 11h), será a partida de menor IDH desta etapa da Copa do Mundo. E nisso os mexicanos se dão melhor: no relatório de 2016, o mais recente publicado, eles apresentaram índice de 0,762. Ao menos, perdemos de pouco: o desenvolvimento humano brasileiro medido pela ONU foi de 0,754. Confira as colocações do IDH em relação a todos os países do mundo: 2 - Suíça - 0,939 5 - Dinamarca - 0,925 14 - Suécia - 0,913 16 - Reino Unido (Inglaterra) - 0,909 17 - Japão - 0,903 21 - França - 0,897 22 - Bélgica - 0,896 27 - Espanha - 0,884 41 - Portugal - 0,843 45 - Argentina - 0,827 45 - Croácia - 0,827 49 - Rússia - 0,804 54 - Uruguai - 0,795 77 - México - 0,762 79 - Brasil - 0,745 95 - Colombia - 0,727 Litoral nordeste da Groenlândia, um dos maiores lençóis de gelo do mundo Handout / NASA / AFP A Copa do Norte... Os 16 classificados também confirmam uma constante em Copas do Mundo: a maioria absoluta fica no Hemisfério Norte. Somente Argentina e Uruguai estão integralmente na parte sul do planeta. Colômbia e Brasil têm porções do território nas duas metades. O pedaço de terra mais ao norte do mundo, inclusive, pertence a um dos países participantes do mata-mata da Copa do Mundo: a Ilha do Clube do Café (sim, é isso) fica no extremo-norte da Groenlândia — que pertence à Dinamarca. Mapa mostra onde estão localizados os 16 países classificados para as oitavas da Copa do Mundo 2018 Arte/G1 Tudo a ver com a Rússia, que tem a segunda sede mais ao norte da história das Copas. São Petersburgo, palco de uma semifinal e da disputa do terceiro lugar, só está mais ao sul de Sandviken, na Suécia, uma das cidades que recebeu jogos em 1958. As Noites Brancas em São Petersburgo acontecem entre o fim de junho e começo de julho Dmitry Ermakov/NurPhoto via AFP/Arquivo Essa conta vale considerando apenas os territórios contíguos dos países. Caso contrário, a França e a Inglaterra, que têm posses em outros continentes, seriam colocadas no rol de países em dois hemisférios. Para compensar, a Argentina tem a cidade mais ao sul do mundo. Ushuaia, destino de férias dos argentinos, fica na Terra do Fogo. Saindo de barco de lá, é possível dar uma volta ao mundo no sentido leste-oeste e chegar de volta ao mesmo local sem passar por nenhum outro porto. Ushuaia, na Argentina, é conhecida como a cidade mais austral do mundo Andres Camacho/ Municipalidad de Ushuaia Países no Hemisfério Norte Dinamarca Rússia Suécia Inglaterra França Bélgica Japão Suíça Croácia Espanha Portugal México Países com território nos dois hemisférios Colômbia Brasil Países no Hemisfério Sul Argentina Uruguai 19 de junho - Torcedores do Japão comemoram vitória contra a Colômbia em Saransk, na Rússia Jason Cairnduff/Reuters ...do Leste e do Oeste As oitavas da Copa têm equilíbrio na comparação entre os dois lados do meridiano de Greenwich, que separa o Hemisfério Ocidental do Oriental. Do lado Oeste (Ocidental) há 7 países: os cinco latino-americanos, além de Portugal e Espanha. Do outro lado, há Suécia, Croácia, Suíça, Dinamarca, Bélgica, Rússia e Japão. O meridiano de Greenwich corta França e Inglaterra — o nome da linha imaginária, inclusive, refere-se a um bairro de Londres —, mas a maior parte do território desses países fica a Oeste. Assim, os ocidentais venceriam o duelo contra os orientais por pouco. Manifestantes pró União Europeia exibem bandeiras do bloco em frente ao Parlamento, em Londres Daniel LEAL-OLIVAS / AFP UE fica com metade das vagas Oito dos 16 países classificados para as oitavas de final integram a União Europeia — isso se contarmos a Inglaterra. Apesar do Brexit ter sido votado em 2016, somente no ano que vem está prevista a saída integral do Reino Unido do bloco econômico. Dos europeus, portanto, somente Suíça e Rússia — com a maior parte do território na Ásia — não fazem parte da UE. Os suíços por causa da histórica neutralidade, mas o acordo de Schengen permite que os alpinos circulem livremente pela Europa. Desfile militar nesta quarta-feira (9) na Rússia lembra o dia da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista na 2ª Guerra Mundial Sergei Karpukhin/Reuters O caso da Rússia tem mais a ver com nacionalismo: o país não tem pretensão alguma de integrar o bloco europeu, e a intenção dos russos é de retomar a influência continental perdida após a Guerra Fria. Fazem parte da União Europeia França Espanha Portugal Croácia Dinamarca Bélgica Suécia Inglaterra (Reino Unido deixará o bloco em 2019) 15 DE JUNHO - Torcedores do Uruguai cantam durante jogo contra o Egito em Yekaterinburg, na Rússia Jorge Guerrero/AFP Mercosul com 100% de aproveitamento Todos os países do Mercosul classificados para a Copa seguiram adiante: Brasil, Argentina e Uruguai. O outro integrante do bloco, o Paraguai, não conseguiu passar pelas Eliminatórias. A Colômbia não integra o grupo. O Brasil enfrenta o México, segunda economia latino-americana. Argentinos e uruguaios jogam contra franceses e portugueses, respectivamente, no primeiro dia de oitavas de final. As bandeiras do Brasil e do Mercosul foram colocadas a meio-mastro em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, em homenagem às vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense na Colômbia Eraldo Peres/AP Isso significa que o sábado (30) terá dois duelos entre Mercosul e União Europeia: Argentina x França e Uruguai x Portugal. Talvez o momento de intensificar as relações diplomáticas? Desde as regras tarifárias de Donald Trump para o comércio com os Estados Unidos, os blocos europeu e sul-americano tentam acelerar tratados comerciais para destravar as relações entre os países. Painel com bandeira do Brasil é usado para selfies em ônibus decorado para Copa, em Manaus Eliana Nascimento/G1 AM Se internet valesse, o Brasil seria hexa Em uma coisa o Brasil lidera com tranquilidade esta Copa: o número absoluto de usuários conectados à Internet e à rede de celular. Dados reunidos pela CIA, a agência de inteligência norte-americana, mostra que os brasileiros são maioria entre os conectados. Em 2016, último ano do balanço, o Brasil tinha mais de 244 milhões de celulares. É mais do que a população do país, estimada em cerca de 207 milhões. E, desse total de brasileiros, 122,8 milhões têm acesso à internet. Torcedor do Japão faz selfie em frente à catedral de São Basílio, na Praça Vermelha, no Japão Reuters/Sergei Karpukhin Isso dá quase 60% dos habitantes do Brasil — e é nessa comparação, aliás, que perdemos de outros rivais da Copa do Mundo. Proporcionalmente, há mais brasileiros na web do que mexicanos, mas, se esse fosse o critério, a Seleção cairia já nas quartas de final: tanto Japão (92%) quanto Bélgica (86,5%), possíveis adversários do Brasil, venceriam o duelo. Nesse critério, a Dinamarca venceria a Copa do Mundo: 97% dos dinamarqueses têm acesso à rede. Torre de Babel Apesar da polarização entre América Latina e Europa, a Rússia sedia um dos mata-mata mais diversos da história da Copas em idiomas. Somando apenas idiomas oficiais, esta fase final será disputada em 13 línguas — apenas uma a menos do que em 2002. O espanhol, como sempre, se mantém como o idioma mais falado nesta fase. Cinco equipes, quatro delas latino-americanas, garantem a liderança da língua de Cervantes. Ainda assim, uma a menos do que em 2014. Confira a lista completa dos idiomas oficiais dos países sobreviventes da Copa: Espanhol (5): Argentina, Colômbia, Espanha, México e Uruguai. Francês (3): Bélgica, França e Suíça. Português (2): Brasil e Portugal. Alemão (2): Suíça e Bélgica. Croata (1): Croácia. Dinamarquês (1): Dinamarca. Holandês (1): Bélgica. Inglês (1): Inglaterra. Italiano (1): Suíça. Japonês (1): Japão. Russo (1): Rússia. Sueco (1): Suécia. Romanche (1): Suíça.

Fonte G1 > Mundo
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