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Fiés participam da tradicional Procissão Fluvial ao padroeiro dos pescadores São Pedro em Porto Velho

Marinha estima que 80 pessoas atravessaram o Rio Madeira, durante a primeira etapa da festa religiosa. Evento acontece há 64 anos. Fiés car...


Marinha estima que 80 pessoas atravessaram o Rio Madeira, durante a primeira etapa da festa religiosa. Evento acontece há 64 anos. Fiés carregam a imagem do padroeiro durante cortejo fluvial em procissão. Pedro Bentes/G1 Fé e devoção levaram dezenas de pessoas à Procissão de São Pedro nesta sexta-feira (29), em Porto Velho. A tradicional festa religiosa em homenagem ao padroeiro dos pescadores acontece todos os anos desde 1954. “Os pescadores que deram início à tradição na década de 1950, quando ainda nem existia a Igreja de São Pedro em Porto Velho, construída em 1982. São duas equipes que participam da organização do evento. Uma fica responsável pela ornamentação na igreja do padroeiro e outra pela organização na procissão fluvial”, disse a devota Helena Cruz, que participa da procissão há 11 anos. Dezenas de devotos se reúnem para cortejo ao padroeiro dos pescadores em Porto Velho. Pedro Bentes/G1 A procissão teve início no meio da tarde com a saída do cortejo fluvial. Partiu do Porto do Cai n’Água até a margem esquerda do Rio Madeira. Lá, a imagem do padroeiro aguardava os fieis na Comunidade de São Sebastião. Nessa edição, a Marinha em Porto Velho disponibilizou 10 militares que realizaram a segurança dos tripulantes durante a travessia do rio. De acordo com a Marinha, cerca de 80 fieis participaram da procissão fluvial em duas embarcações da força armada. Símbolos e fé Enfeites colocados pelos fiéis como símbolo da tradicional procissão em Porto Velho. Pedro Bentes/G1 Os barcos são decorados com fitas azuis e brancas pelos próprios pescadores. As cores que representam a glória de Deus e o céu onde o apóstolo está depois de cumprir sua missão de pai e pastor da Igreja na Terra. “A ornamentação dos barcos só pode ser feita pelos pescadores. É uma forma de agradecimento ao padroeiro pela proteção dada a eles. Nesses onze anos de procissão acompanhei histórias de mães que ofereceram seus filhos doentes a São Pedro e foram curados”, relatou Helena Cruz. Nos barcos decorados, histórias de ex-pescadores podem ser encontradas. São pessoas que acompanharam mudanças significativas no evento ao longo de décadas. “Desde pequena, gostava de pescar na beira do rio. Fui pescadora há 30 anos e gosto de participar da procissão. É uma tradição de família que passa de geração em geração, mas percebo que vem mudando muito. Hoje não há nem mais um barco de pesca para levar a imagem do meu santo, como manda a tradição”, destacou a pescadora aposentada Fátima Esteves. O ex-pescador, José Soares, de 83 anos, também aponta que a participação de fieis durante a procissão fluvial de São Pedro vem diminuindo a cada ano. “A maior parte dos devotos que participam são velhos. Conforme eles vão embora, a procissão vê uma queda de participantes”, lamentou José. Se a procissão fluvial sofre mudanças, certas tradições ainda persistem. Uma delas parte dos fieis que costumam dar o nome do padroeiro a crianças, como forma de agradecimento ao santo pelas bençãos alcançadas. Um desses casos é do jovem Pedro Victor, de 13 anos. Xará do padroeiro dos pescadores, ele faz questão de participar todos os anos da procissão. Cortejo ao padroeiro começou no meio da tarde desta sexta-feira (29). Pedro Bentes/G1 “A gestação da minha filha foi muito complicada. O médico nos mandou decidir se salvaríamos a vida dela ou do meu neto. Como fui criada por um pescador, resolvi oferecer a vida dele a São Pedro. Caso minha filha e meu neto sobrevivessem, eu prometi que traria ele todos os anos para a procissão”, contou uma das fieis. Após deixar as águas do Madeira, os devotos seguiram por terra até a Igreja de São Pedro, no Bairro Panair, próximo ao Centro Político Administrativo de Rondônia.

Fonte G1 > Brasil
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