Candidatos à Presidência evitam confrontos em 2º debate na TV
Debate contou com 8 candidatos à Presidência Paulo Whitaker/Reuters 17.08.2018 Quem acompanhou o segundo debate da eleição presidenci...
Quem acompanhou o segundo debate da eleição presidencial na noite desta sexta-feira (17), realizado pela RedeTV, assistiu mais uma vez a um encontro morno e com raros momentos de confronto entre os oito candidatos presentes: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB, Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — preso desde 7 de abril após ser condenado em 2ª instância — foi convidado pela emissora, mas impedido de participar pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Um dos mediadores do encontro, o jornalista Boris Casoy, disse que o nono púlpito estava montado no cenário antes do início do debate, mas foi retirado após pedido dos outros candidatos, com exceção de Boulos.
Minuto a minuto: veja em detalhes como foi o debate
Galeria: as frases do 2º debate na TV
Ciro x Alckmin
Assim como no encontro da semana passada, o debate desta sexta mostrou uma polarização entre o ex-governador cearense Ciro Gomes e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que rivalizaram sobre questões econômicas como o teto de gastos, a política de industrialização e a legislação trabalhista, mas sem ataques e, em alguns momentos, com bom humor.
Marina x Bolsonaro
O momento mais quente do encontro foi o embate entre Marina Silva e Jair Bolsonaro, já no fim do debate, quando os candidatos trataram da igualdade salarial entre homens e mulheres. Para Marina, um presidente da República precisa intervir na questão porque 76% das mulheres com a mesma função, cargo e experiência de um homem recebem salário menor. Para Bolsonaro, não é preciso intervir porque a igualdade está descrita na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Alvaro Dias x Meirelles
O candidato do Podemos, Alvaro Dias, insistiu na proposta de "refundação da república", a partir do combate à corrupção como forma de atrair investimentos. Já Meirelles, do MDB, voltou a destacar sua carreira na iniciativa privada e nos órgãos públicos (Banco Central e Ministério da Fazenda).
Boulos e Cabo Daciolo
O candidato Guilherme Boulos criticou privilégios da elite brasileira, com destaque para a cobrança de mais impostos para os mais ricos, e repetiu diversas vezes elogios a seu partido, o PSOL, que "representa novo jeito de fazer politica, sem balcão de negócios".
Ex-correlegionário de Boulos no PSOL, o presidenciável Cabo Daciolo, agora no Patriota, empunhou uma bíblia durante praticamente todo o debate. O deputado federal criticou a intervenção federal no Rio de Janeiro, o sistema de urnas eletrônicas, o comunismo, defendeu o retorno do voto em papel e se declarou contra o aborto e a legalização das drogas.
Fonte R7 - Notícias
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