Governo francês enfrenta moções de censura por caso Benalla; novo vídeo pode influenciar voto
Assembleia Nacional francesa analisa moções de censura nesta terça-feira (31). Desde 1958, apenas uma moção de censura foi adotada, provoca...
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Assembleia Nacional francesa analisa moções de censura nesta terça-feira (31). Desde 1958, apenas uma moção de censura foi adotada, provocando a queda de Georges Pompidou. Alexandre Benalla (à esquerda) trabalhou na segurança de Emmanuel Macron durante a companha presidencial. Imagem de 5 de maio de 2017 Regis Duvignau/ Reuters A Assembleia Nacional francesa analisa nesta terça-feira (31) duas moções de censura da oposição contra o governo francês, que exigem explicações do executivo sobre o caso de Alexandre Benalla, ex-assessor de segurança do presidente francês, Emmanuel Macron, flagrado batendo em um jovem durante a manifestação do 1° de maio. Novas imagens divulgadas nesta segunda-feira (30) complicam a situação do Executivo. Um novo vídeo revelado pela rádio francesa France Info complica a situação do governo. Um indivíduo que se parece com o ex-assessor de segurança do Executivo, Alexandra Benalla, aparece ao lado de dois jovens, no Jardin des Plantes, no 5° distrito, "se comportando como policial", escreve o site francês Mediapart. Os jovens manifestantes dizem ter sido agredidos pelos policiais do CRS, a tropa de choque francesa, durante os protestos do 1° de maio. O ex-assessor de Macron negou ter participado da prisão dos jovens. Um deles prestou queixa. As imagens foram gravadas pouco antes da agressão de Benalla contra outros manifestantes, ocorrida na praça de Contrescarpe, a algumas quadras do local, que provocaram a polêmica. Imagem retirada de vídeo mostra homem identificado como Alexandre Benalla, chefe de segurança do Palácio do Eliseu, com uniforme policial agredindo manifestante em protesto de 1º de maio em Paris Tahar Bouhafs/AFP Debate na Assembleia Nacional O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, responderá às perguntas dos dois deputados que apresentarão as moções. As moções, se adotadas, podem provocar a queda do governo, mas é pouco provável que isso aconteça. O partido de direita, Os Republicanos, com 103 representantes, e os de esquerda, com 63, não conseguirão obter os 289 votos necessários para afastar Macron. Desde o início da Quinta República francesa, em 1958, mais de cem moções foram apresentadas e apenas uma foi adotada, em 1962, provocando a queda do governo do então premiê Georges Pompidou. Derrubar Macron, entretanto, não é o objetivo da oposição francesa. A votação é simbólica e serve para que o governo se explique em relação ao caso Benalla, indiciado por violência. Além de ter agredido um manifestante, ele estava usando uma braçadeira de policial e um capacete da polícia. Executivo denuncia instrumentalização Nesta terça-feira (31), o secretário de Estado das Relações com o Parlamento e secretário-geral do partido do presidente, Christophe Castaner, foi sabatinado pela comissão das leis do Senado sobre o caso, o mais grave desde a eleição de Macron, em 2017. No depoimento, ele anunciou que o partido decidiu demitir o agente de segurança Vicent Crase, filmado ao lado de Benalla nas manifestações. Nesta segunda-feira (30), a Justiça abriu uma nova investigação para julgar as violências cometidas em maio.
Fonte G1 > Mundo
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