Policial branco receberá indenização de cidade americana após colegas zombarem de sua ancestralidade negra
Cleon Brown, que estava havia 19 anos na corporação, relatou ter ouvido 'piadas racistas' após teste de DNA revelar que ele tem ent...
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Cleon Brown, que estava havia 19 anos na corporação, relatou ter ouvido 'piadas racistas' após teste de DNA revelar que ele tem entre 18% e 33% de ascendência africana subsaariana. Cleo Brown receberá mais de R$ 200 mil em indenização após ter alegado 'abuso racial' Arquivo do tribunal/BBC Um policial branco dos Estados Unidos que descobriu ter ascendência africana subsaariana através de testes de DNA ganhará uma indenização após alegar abuso racial por parte de colegas. O sargento Cleon Brown, policial em Hastings, Michigan, processou a força policial apontando que seus colegas o insultaram racialmente por causa de sua origem, apontada nos testes. Ele alega que outros policiais zombaram dele depois que revelou que era entre 18% e 33% "africano subsaariano". Sua indenização será de US$ 65 mil (o equivalente a R$ 243,75 mil), a ser paga por seguradoras do município. O veterano, na força há 19 anos, inicialmente havia pedido pelo menos US$ 500 mil (R$1,87 milhão) na ação, segundo a mídia dos EUA. Ele está de licença administrativa do serviço até 31 de outubro, quando planeja renunciar. Personagem escravo O sargento alega que o chefe de polícia se referiu a ele como "Kunta" - em aparente alusão a um personagem escravo do livro Raízes: A Saga de uma Família Americana, de Alex Haley - também adaptado para a série de TV Raízes - enquanto outros oficiais sussurravam "Black Lives Matter" (o nome do movimento ativista surgido nos EUA em 2013 como resposta a episódios de violência policial contra negros). "E isso me deixou furioso", disse Brown ao canal de TV WJBK-News. "Eu me lembro de dizer ao chefe: 'Eu não posso acreditar que você acabou de me chamar desse jeito'". O município argumentou, porém, que o sargento participou das "piadas" feitas na época, e que ele próprio disse que os resultados de DNA explicaram "por que ele gosta tanto de frango" (conhecido estereótipo racista com raízes na alimentação de escravos nos sul dos EUA) e que os 18% (da ascendência) "estão dentro de minhas calças". Ele também diz ter encontrado uma estatueta de um Papai Noel negro em sua meia de Natal com "18%" escrito nela. "Eu chamo isso, sinceramente, de racismo", disse ele à WDIV-News. Esta semana, a cidade aceitou um acordo, dizendo que permitirá que o sargento "concentre seus esforços e recursos em empreendimentos mais produtivos". "Não acreditávamos que o processo tivesse mérito", disse à mídia local Jeff Mansfield, administrador-chefe de Hastings. "Mas, ao pesar o custo e o efeito perturbador de contestar, foi do interesse da cidade resolver o caso nos termos do acordo que foi celebrado".
Fonte G1 > Mundo
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